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quinta-feira, 22 de julho de 2010

VOLTA ÀS AULAS!!!

terça-feira, 1 de junho de 2010

ATIVIDADES PARA A COPA DO MUNDO 2010






Esses são os mascotes de todas as Copas do Mundo para colorir!!!!

Todos os créditos dessas idéias maravilhosas encontrei no site da Liza http://espacoeducar-liza.blogspot.com

ATIVIDADES PARA FESTA JUNINA - Parte II








terça-feira, 25 de maio de 2010

ATIVIDADES PARA FESTA JUNINA - Parte I

RECEBI ESTAS ATIVIDADES DE UMA AMIGONA E GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCÊ! QUAISQUER DÚVIDAS OU SUGESTÕES CONTATE-ME POR E-MAIL!











terça-feira, 4 de maio de 2010

FELIZ DIA DAS MÃES!


ABAIXO SEGUE ALGUMAS IDÉIAS PARA TRABALHAR COM AS CRIANÇAS PARA O DIA DAS MÃES.












EMBALAGENS
















PORTA-RETRATO









Todos os créditos dessas idéias maravilhosas encontrei no site da Liza http://espacoeducar-liza.blogspot.com

UM NOVO OLHAR PARA ALFABETIZAR SEM FRACASSAR

Fundamentos Neurobiológicos nas Dificuldades de Aprendizagem é uma das matérias que estou estudando em Psicopedagogia.
Tenho refletido muito sobre este novo olhar e proposta de alfabetizar e gostaria de compartilhar com você.
Deixe um comentário!





Pedagogia Neurocientífica
A proposta de uma nova visão pedagógica para o alfabetizar





Nos últimos dez anos o desenvolvimento de pesquisas relativas às funções cerebrais superiores favoreceu a melhor explicação dessas funções fortalecendo a compreensão adequada da interatividade daquilo que foi, por nós alfabetizadores, conhecido como funções específicas. Isto é, era do nosso repertório didático-metodológico a necessidade do desenvolvimento, na criança de 6-7 anos, das habilidades específicas como pré-condição para a boa iniciação à aprendizagem da leitura e da escrita, que fora também enquadrado como condições de prontidão para essa aprendizagem. Funções específicas, percepção-discriminação visual, auditiva e gustativa, o desenvolvimento da psicomotricidade, foram as palavras-chaves daquele enquadramento teórico.
Necessárias à especificação das habilidades presentes no ato de produção da escrita e da leitura, estas funções, mostraram-se insuficientes para explicar a totalidade de atos inteligentes e complexos presentes nessa aprendizagem como, por exemplo, a representação, na escrita, por meio de um sistema simbólico, o sistema alfabético, sistema este que não é somente sonoro ou, outro exemplo, o idioma como a fonte das representações das idéias que ganha a forma ortográfica, o que não equivale dizer que se trata da simples e pura reprodução do código, sem nos esquecermos da linguagem oral, dominada como o recurso primeiro de representação das formas não verbais dos acontecimentos do cotidiano.
Aprendemos, no exercício da docência, como alfabetizadoras, a complexidade presente, tanto no objeto de conhecimento, como naquele que aprende cuja resposta não está somente na descrição das habilidades específicas ou de um vasto repertório de estratégias de ensino, mas, na necessária complementaridade das áreas de conhecimento que descrevem o sujeito do ensino e as prováveis interações presentes no codificar, no aprender a forma de representação escrita do código lingüístico. A leitura de si merece ser considerada na sua particularidade, já que não se trata somente de decodificar.
Diante desta complexa rede de interações, reconhecemos a necessidade de um suporte multidisciplinar que nos auxilie na particularidade de cada área, na compreensão deste ensino. O objetivo deste artigo é iniciar uma discussão entre professores e pedagogos sobre a necessidade das descrições da neurociência para a prática escolar. Por quê? Porque interessa-nos conhecer melhor a natureza das operações que são necessárias para, por exemplo, uma eficiente memorização, uma eficiente organização das percepções e para o desenvolvimento da linguagem oral como uma forma de representação mental. Interessa-nos conhecer melhor os processos mentais que tornam possíveis os atos de ler, escrever e, por extensão, o falar, o planejar e executar ações, e o tomar decisões. De modo particular, nos interessa conhecer como as estruturas e processos cerebrais mediam o comportamento, os aspectos relativos à constituição do conhecimento e os aspectos cognitivos da vida mental.
Como poderemos produzir uma aproximação e uma complementaridade entre áreas de conhecimento, com objetos particulares de estudo tão distintos entre si?  neurociência é a área da medicina que tem estudado o sistema nervoso. As descobertas recentes desta área fornecem subsídios importantes para a Pedagogia. Oferecem boas possibilidades de desvendar as complexidades do cérebro e compreender, inicialmente, a natureza da memória e da inteligência e o que acontece quando aprendemos. A Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OECD), no livro “Compreendendo o cérebro”, sugere a promoção de relações transdisciplinares e o investimento em pesquisas transdisciplinares e reconhece a emergência de criar uma nova ciência de aprendizagem, além da necessidade de desenvolver “instituições de ciência de aprendizagem”. O Projeto “Ciências da Aprendizagem e Pesquisa do Cérebro” foi lançado pelo Centro de Pesquisa Educacional e Inovação da OCDE em 1999. O objetivo desse projeto era estimular a colaboração entre as ciências de aprendizagem e a pesquisa do cérebro, assim como entre pesquisadores e promotores de políticas públicas.
A pesquisa do cérebro está apenas começando a encontrar aplicação no campo da promoção de relações transdisciplinares. São três as áreas de pesquisa sugeridas:
1. Desenvolvimento do cérebro e alfabetização;
2. Desenvolvimento do cérebro e matemática elementar e
3. Desenvolvimento do cérebro e aprendizado permanente.
Já foram realizados três fóruns: o fórum de Nova York, em 2000, que discutiu “Os mecanismos do cérebro e a aprendizagem das crianças”; o de Granada, em 2001, que teve como tema “Os mecanismos do cérebro e a aprendizagem dos jovens” e o de Tóquio, também em 2001, sobre “Os mecanismos do cérebro e a aprendizagem dos idosos”. Na PUC-SP, sob a coordenação da professora Maria Anita Viviani Martins,
há um grupo de Pesquisa multidisciplinar e interinstitucional formado por pedagogos, psicólogos e médicos, que está desenvolvendo uma pesquisa sobre Alfabetização.
As contribuições de descobertas sobre plasticidade cerebral, memória, os sentidos, o medo, o sono e outras, vão influenciar nossa prática educacional e fortalecer estratégias já utilizadas em sala de aula, além de sugerir novas formas de ensinar. O conhecimento sobre o neurodesenvolvimento e as funções executivas pode nos auxiliar com subsídios práticos e teóricos não só para as inclusões presentes na escola, mas no ensino e aprendizado de todos os alunos.
Acreditamos que tudo isto vai auxiliar a Pedagogia nas relações de professores, pais e alunos com o aprendizado. Já sabemos, por exemplo, que o sucesso da aprendizagem é mais provável se um aluno está em um ambiente de “alto desafio” e “baixa ameaça” e que, durante a aprendizagem, há processos moleculares que controlam a comunicação entre células, ou seja, mudanças físicas acontecendo nas sinapses, que mais tarde podem ser usadas para parcialmente se reconstruir o que foi armazenado.
Poderíamos mencionar novamente a plasticidade, que nos faz rever o “fracasso” e as “dificuldades de aprendizagem”, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte.
Nossa prática na inclusão de alunos com necessidades especiais já sinaliza que não temos como afirmar até que ponto cada um deles pode chegar. Notamos que modificando estratégias de ensino os alunos alcançam os objetivos propostos. Há convergências entre estudos e a produção da prática docente que nos interessam de modo particular como, por exemplo:
·  Como poderemos compreender melhor a atividade de reconhecimento e decifração na leitura e na escrita? E a produção da compreensão também na leitura e na escrita?
·  Como se dá o reconhecimento na escrita, incorporando-se o fonológico, o ortográfico e o léxico?
·  A memória e as memórias, como atuam e se integram na formação do sujeito escritor e leitor?
·  As associações e as dissociações e a representação como se constituem no aprender a ler e escrever?
·  Como se dá a evolução do grafismo e constituição das configurações que nos habilitam a reconhecer o desenho das letras?
Teríamos inúmeros exemplos da contribuição da neurociência, que mostram a necessidade de rever a teoria pedagógica e da construção e projeção da intervenção docente. Poderemos exemplificar esta aproximação com as contribuições da neurociência relacionando algumas condições que se mostram presentes no ato da escrita:
· Análise e síntese auditiva da composição dos sons. Por mais evidente que esta seja uma relação óbvia na forma da representação escrita, escrever não é obviamente a reprodução de sons, mas, a identificação sonora mediante as marcas alfabéticas de um sentido culturalmente atribuído àquela palavra. Portanto, uma representação sonora que ganha a forma ortográfica, demandando mais do que apenas a reprodução de sons. Nesta representação o sujeito busca referências no seu sistema semântico.
· Memorização de sons e imagens visuais adquiridas na relação fonemática-grafemática e compreensivas à relação que o sujeito escrevente estabelece entre: o referente, a coisa ou objeto extralingüístico, isto é, aquilo que o sujeito identifica como um fenômeno de alguma permanência que poderá ser identificado no seu sistema simbólico lingüístico-cognitivo como representante de uma referência, a referência, o pensamento, o significado que ganha uma forma de expressão no símbolo e o símbolo, a expressividade do significante.
· Organização e Orientação espacial dos elementos constitutivos da escrita na sua forma final, ou seja: a relação fonema-grafema, a organização e seqüência temporal no uso das marcas alfabéticas, e o movimento práxico de execução da escrita.
Como se vê apenas por este exemplo parcial das condições presentes na aprendizagem comum da escrita ficaremos solitários para a construção da intervenção docente, se, e somente se, nos detivermos restritamente a essa fabricação de estratégias, sem considerar as atuais contribuições descritivas do sujeito do ensino. Poderíamos acrescentar outras convergências presentes e dependentes de áreas de conhecimento, que completam nossa condição de alfabetizador, como por exemplo, as atividades implícitas de reconhecimento e decifração, entretanto, é possível visualizar a alfabetização, como resultado, na sua complexidade, como uma tarefa para não leigos.

Texto elaborado por:

Maria Anita Viviani Martins
Professora Titular da Faculdade de Educação da PUC-SP
vivimart@uol.com.br
Kátia A. Kühn Chedid
Pedagoga PUC-SP / Psicopedagoga e Orientadora
Educacional do Colégio Dante Alighieri
kakchedid@uol.com.br

segunda-feira, 5 de abril de 2010

TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM



Estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas têm algum tipo de necessidade especial.
As necessidades especiais podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. Deste universo, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças, na educação básica, sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. Entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional, especialmente a de educação especial.
A dislexia é a incapacidade parcial da criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou visão normais e de serem oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privação de ordem doméstica ou cultural.
Encontramos disléxicos em famílias ricas e pobres. Enquanto as famílias ricas podem levar o filho a um psicólogo, neurologista ou psicopedagogo, uma criança, de família pobre, estudando em escola pública, tende a asseverar a dificuldade persistir com o transtornos de linguagem na fase adulta. Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a dislexia seja uma doença da classe média, exatamente porque os pais não conseguem diagnosticar a dificuldade necessitando muitas vezes de intervenções médicas e psicopedagógicas.
No âmbito das instituições de ensino, relatos de professores registram situações em que crianças, aparentemente brilhantes e muito inteligentes, não podem ler, escrever nem têm boa ortografia para idade. Nos exames vestibulares, as comissões executivas descrevem casos "bizarros" (às vezes, motivo de chacotas) em que candidatos apresentam baixo nível de compreensão leitora ou a ortografia ainda é fonética (baseada na fala) e inconstante.
Assim, urge a realização de testes de leitura nas escolas públicas e privadas, desde cedo, de modo a diagnosticar e avaliar a dificuldade de leitura. Por trás do fracasso ou da evasão escolar, sempre há fortes indícios de dificuldades de aprendizagem relacionadas à aprendizagem da leitura de seus alunos.
Nos casos de abandono escolar, em geral, também, verificamos crianças que deixam a escola por enfrentarem dificuldades de leitura e escrita. A dispedagogia, isto é, o desconhecimento por parte dos professores, pais e gestores educacionais, do que é a dislexia e suas mazelas na vida das crianças e dos adultos também só piora a aprendizagem da leitura de seus alunos.
Infelizmente, a legislação educacional (CF, LDB, resoluções etc) não trata as diversas necessidades especiais dos educandos de forma clara, objetiva, pragmática e programática. Sua omissão tem de certa forma dificultado ações governamentais por parte dos gestores, do professor ao secretário de educação. A Constituição Federal , por exemplo, ao tratar sobre a educação especial diz: " O dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializada aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino"(Artigo 208, III, CF). E perguntaria ao leitor: uma criança, com dislexia, isto é, com dificuldade de ler bem, é um portador de deficiência?
Claro que não. A Lei 9.394/96, a de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, apresenta uma melhor redação sobre a matéria. Diz assim: " O dever do estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino" (Art. 4º, LDB). Melhorou e, em muito, porque faz referências às necessidades especiais. Nesse caso, chegamos, por dedução ou exegese jurídica, à conclusão de que a dislexia é uma necessidade especial. Mas qual a natureza dessa necessidade especial?
Por exclusão, diríamos que uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro-vascular (AVC). Ser disléxico é condição humana.
O disléxico pode, sim, ser um portador de alta habilidade. Daí, em geral, os disléxicos, serem talentosos na arte, música, teatro, desportes, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se descarta ainda que venha a ser um superdotado, com uma capacidade intelectual singular, criativo, produtivo e líder.
O disléxico pode, também, ser um portador de conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e lingüística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais, idéias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar, avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo, sua natureza, é um dever do Estado e da Sociedade e um direito de todas as famílias com crianças disléxicas em idade escolar.
Vicente é professor de Lingüística da Universidade Estadual Vale do Acara(UVA, Sobral,
(CE)com mestrado em educação pela UFC.